"Estou dando a você a liberdade. Antes, rompo o saco d'água. Depois, corto o cordão umbilical. E você está viva por conta própria."


(Clarice Lispector)



segunda-feira, 29 de março de 2010

Nossa primeira noite!

Enfim ela saiu da minha barriga e veio ao mundo... Olívia – Patrícia, Patrícia – Olívia muito prazer serzinho de luz, daqui pra frente tudo vai ser diferente... já cantaram... e realmente tudo é diferente! Parece loucura, mas é verdade, vocês estão se conhecendo agora, antes eram sensações, cutucões, agora ela está aqui nos meus braços e juro, cheguei a pensar que não daria conta...
Nossa primeira noite juntos, fora do hospital: Papai, Mamãe e filhinha. A minha sorte foi o nosso “anjo da guarda”, sabe aquela tia que mora fora, e que num determinado ponto da história já me pegou no colo e até trocou as minhas fraldas. Pois é, ela existe e veio ficar comigo na primeira semana de vida da Olívia. Graças a Deus!!
O desespero foi quando nos vimos na vida real, uma família e sua filhinha indo dormir numa noite normal... ai ai ai... e vieram as CÓLICAS!! A primeira noite foi passada em claro e ao som de muito choro. Um choro que vinha do âmago, eles são pequenos mas o gogó tem uma potência louca! A Olívia se contorcia e gritava, um grito com choro que aperta qualquer coração, ainda mais corações de pais de primeira viagem. Teve um momento que sentamos na cama e choramos com ela... não gosto nem de lembrar, foi aí que pensei: Não vou dar conta! E pensar que esta era apenas a primeira noite! Mas para nossa sorte e salvação o anjo da guarda – a tia – numa serenidade invejada, pegou a pequena, que esgoelava, embalou-a o tempo todo e trocou as muitas fraldas da madrugada. Uffaa!! Passou! E hoje, até damos risada de tudo. Querida tia Maria Márcia, somos eternamente gratos!
Na foto a tia Marcinha com a Olívia

Com dois meses e meio as cólicas sumiram e a Olívia passou a dormir por mais horas durante a noite, uma benção nas vidas de pais zumbis, que não sabem o que são mais de duas horas seguidas de sono.
Hoje a Olívia está com 8 meses e com muita sorte tem noite que ela não acorda nem pra mamar, outras ela acorda de hora em hora e outras apenas uma vez para matar a sede ou a fome. Sono dos bebês:- uma caixinha de surpresas!

sexta-feira, 26 de março de 2010

6 meses de Olívia



A tia Marina juntou fotos e pequenos vídeos da mamãe e nos deu este presente. Com este post saio da seqüência dos fatos, mas garanto que vale a pena! ;)

segunda-feira, 22 de março de 2010

Falando em fotos...

Não podia deixar de relatar a passagem do “enfermeiro-cinegrafista”. Sim, esta nomenclatura estava bordada no jaleco da pessoa! Como no nascimento do meu sobrinho Joaquim, ele havia tirado as fotos e foi bem legal, no nascimento da Olívia também seria assim, com direito a fotos. Mas as coisas não são tão lindas quanto parecem. Imaginem a grávida esperando para parir, toda inchada, com aquele aventalzinho verde, toquinha branca, soro na veia e tudo mais e um “enfermeiro-cinegrafista” te chamando: “Oiii, dá uma olhadinha pra máquina... vamos registrar esse momento!” Com aquele sorrisinho amarelo e a máquina em punho. E ainda por cima, eu estava com gazes e não sabia se teria que ir ao banheiro antes de ir pra sala de cirurgia. Affee Maria!! Um estresse total! Isso porque já havíamos combinado que as fotos seriam apenas do bebê, nada de fotos na sala de parto.



Lembrei-me de uma cena do filme “Alguém Tem Que Ceder”, onde o Jack Nicholson está no hospital por ter tido um infarto e sai perambulando pelos corredores com a bunda de fora.


Que situação!! Mãe passa por cada uma...

Curiosos...

Pela foto dá pra perceber que a expectativa não é apenas da mãe... Enquanto todos se torciam para verem alguma coisinha da Olívia, eu ainda estava na sala de cirurgia.

À primeira vista...

E soaram as cornetas, rugiram os tambores:- foi aberta a persiana e a pequena Olívia estava lá, toda miudinha, com um bocão enorme de choro... e eu?! Ainda na sala de cirurgia. Minha sorte foi que tiraram fotos e pude imaginar como foi a emoção do lado de fora.


A partir de agora, tudo será em torno da pequena... Pessoas que não vemos há anos, ou mesmo aquelas que convivemos diariamente, se comunicam, te ligam, te visitam para conhecer seu bebê, a mãe fica pra depois. Algumas pessoas até se esquecem de te cumprimentar. Chega a ser engraçado! No início estranhei, mas agora já me habituei. Coisas desta nova fase da minha vida:- ser Mãe! :)

sexta-feira, 12 de março de 2010

É chegada a hora...

Imaginem o que é a noite da véspera do nascimento do seu bebê?! Pois é, foi de muita ansiedade, mas ao mesmo tempo não via a hora de conhecê-la! Além do mais, as noites do finalzinho da gravidez são todas mal dormidas... a barriga tem personalidade própria e é ela quem determina o lado melhor para se “tentar” dormir, as inúmeras vezes que você levanta para fazer xixi, pois coitadinha da sua bexiga, está espremida que só! Mas tudo isso faz parte da maternidade e nós mulheres super poderosas, somos seres que agüentam até 9 vezes mais a dor do que os homens... passado uns meses nem nos lembramos mais. Daí a razão de tanta gente com mais de um filho.

O nascimento

Às 6h30 da manhã do dia 24 de julho de 2009 dei entrada na Santa Casa de Misericórdia de Barretos. Confesso que o Lelo (meu marido) estava muito, mas muito mais ansioso do que eu. O saguão de espera da maternidade ficou cheio! E só às 9h15, com 2 kg e 925 gr, medindo 47 cm, a Olívia nasceu, linda e roxinha, dando o ar da graça a toda a família babona.

Você imagina que durante os 9 meses já passou por tudo, emoções que vão do amor extremos à raiva absoluta, por qualquer bobagem. Entende que esta avalanche de sentimentos é totalmente explicável, afinal seu corpo está a mil fazendo um serzinho perfeitinho dentro de você, mas quando ela nasce e ouvimos o seu choro... não tenho como definir. E pensar que tudo isso é apenas o início da grande jornada! Será que daremos conta?!!

quinta-feira, 11 de março de 2010

23 de julho de 2009

Tudo aconteceu programado! Quase tudo...

Depois de 20 anos de relacionamento, resolvemos que era chegada a hora. (Confesso que este “resolvemos” ficou muito mais por minha decisão do que dele). Não pensem que já sou uma balzaquiana, mas contamos 20 anos de relacionamento desde o começo da nossa história, quando eu tinha apenas 17 anos. (Confesso que minhas amigas me consideram um animal em extinção).

Depois de uma gravidez que não teve um final feliz, pois perdi 2 bebês, um com apenas 1 mês e o outro com quase 3 meses. Ficar grávida pela primeira vez na vida e ter dois abortos espontâneos, não é nada legal. Passado 8 meses estávamos novamente grávidos! (Confesso que não desejo a ninguém esta experiência dolorosa, mas também admito que passa. Como dizia a minha querida avô Mary: - o tempo é o melhor remédio!)

A gravidez

Com os hormônios borbulhando tive uma gravidez de 38 semanas e a Olívia nasceu de cesariana. Tudo correu muito bem até os 7 meses, não tive enjôo em momento algum, apenas muiiito sono e mais emotiva do que o normal. (Confesso que chorei até com propaganda política). Foi quando entrei no 7º mês e minha pressão ficou ligeiramente alterada e o inchaço dominou geral! Foi aí a decisão pela cesariana, já que era a minha primeira gravidez e com 37 anos, já não era uma menina, o melhor foi optar pela segurança da mãe e do bebê. Fiz e fui bem feliz com ela, a tal da cinta é tudo na vida de uma mãe pós-parto. Me senti a mulher maravilha!

Foto tirada na véspera da chegada da Olívia.